sexta-feira, 14 de junho de 2013

Lembranças obscuras

        Todas as coisas que passei, tantas coisas novas que aprendi, tantos erros que  cometi, angustias que senti, nunca serviram para nada. Sinto-me morta há muito tempo, o coração que pulsa dentro de mim bombeia meu sangue como se fosse um coração de dez mil anos atrás.
Cada membro do meu corpo desistiram completamente de buscar pela felicidade, meu andar é tão lento quanto o andar de um idoso de bengala, a poluição do meu ser corrompido chega ser fétido.
Chega de surpresa a escuridão da noite chegando-me, entre essa escuridão sinto calafrios, vozes surgem em meio a escuridão, sussurros e gritos amedrontados enchem o meu ouvido, tudo parece ser tão real que o desespero me domina.
Então depois de um bom tempo percebo que são apenas os meus gritos, lembranças que vieram a tona com a escuridão, recordações amargas do dia em que meus ser foi corrompido, a dor, a angustia de minha alma perdida, dilacerada, ainda posso vê-la se desvanecendo em meio a escuridão, um frio tenebroso que me envolve cada vez mais, tão forte que parece congelar meu cérebro.
Talvez eu esteja morta, não sinto mais nada além do frio e a solidão em minha volta, sinto-me cada vez mais perdida em uma profundeza obscura.


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